Araucária
Território: 471,33 km²
Altitude: 897 metros
Instalação: 01/03/1890
Distância da capital: 28,90 km
População: 109.943
População rural: 8.147
Indústrias: 394
PIB per capita: 60,363
PIB: 6.697 bilhões (2004)
PIB Nacional: 38º colocação
PIB Estadual: 2º colocação
PIB Região Sul: 6º colocação
Números de eleitores: 76.459
Propriedades rurais: 3.003
Densidade demográfica: 251,02 hab/km²
IDH – Índice de Desenvolvimento Humano: 0,801
Abastecimento de água: 29.449 unidades atendidas
Atendimento de esgoto: 9.546 unidades atendidas
Consumo total de energia elétrica: 477.557 mwh
Consumidores de energia elétrica: 33.350
Fontes: IBGE-2007 SEFA-2006 IPARDES-2006 SANEPAR-2006 COPEL-2006 SEFA-2006
História
Na época do descobrimento do Brasil, a região onde está localizada o atual município de Araucária, era conhecida como Tindiqüera, nome dado pelos seus primeiros habitantes, os tingüis, que em língua tupi quer dizer "lugar dos tingüis ". Os primeiros registros de europeus datam dos séculos XVI e XVII em que os mapas da época localizavam as grandes aldeias indígenas, aparecendo entre estas a de Tindiqüera.
Em 1668, houve distribuição de sesmarias e a partir de então houve efetiva colonização da região.
Em 1837, a Capela de Nossa Senhora da Luz de Tindiqüera foi elevada a Capela Curada, um ano depois foram estabelecidas as primeiras divisas do bairro, pertencente a Curitiba Gradativamente, a população foi transferindo-se para as margens do [[Rio Iguaçú], e a sede do curato de Tindiqüera passa para o local em que estava a capela de Nossa Senhora dos Remédios do Yguassú.
Através da Lei Provincial Nº 021, de 28 de fevereiro de 1858, foi criada a Freguesia do Iguassú. Em 1868, a Freguesia do Iguassú foi desligada de Curitiba e anexada como distrito de São José dos Pinhais até 1888, quando volta a ser administrado por Curitiba.
A região de Tindiqüera, mesmo não possuindo ouro, atraiu alguns interessados pela pequena região de campos incrustada e cercada por matas onde predominava a araucária e a imbuia. O trabalho consistia em cultivar a terra e criar gado em pequena escala, produzindo apenas o suficiente para o sustento das famílias. O isolamento em que viviam e a ausência do mercado consumidor impossibilitava qualquer tipo de comércio. A partir de 1876, começou a corrente imigratória, isto por apoio do Império Brasileiro. Vieram principalmente poloneses, seguidos por alemães, italianos e ucranianos. Surgiu então na região de Tindiqüera, um pequeno porto para canoas, conhecido como Porto das Laranjeiras. A partir daí se ergueu o aglomerado de pessoas que formariam a Vila de Araucária.
Tindiqüera era também passagem obrigatória entre Curitiba e a Lapa. No final do século XIX, a região produzia feijão, milho, fumo, toucinho, erva-mate e trigo. Quanto à erva-mate, inicialmente, atendia apenas o consumo local. Mais tarde o produto passou a ser exportado. Em 1866 a Freguesia do Iguassú contava com 2565 habitantes, dos quais, 125 eram escravos que trabalhavam na agricultura e nos engenhos de soque.
A criação do município deve-se ao encaminhamento feito por Sezino Pereira de Souza (chefe político da região), de uma petição em forma de abaixo-assinado ao então Presidente do Estado, o contra-almirante José Marques Guimarães, solicitando que a Freguesia do Iguassú fosse elevada a Vila logo em seguida, fosse criado o Município.
Assim, pelo decreto estadual Nº 40, de 11 de fevereiro de 1890, foi criado o Município de Araucária, que teve seu nome sugerido pelo médico e vice-presidente do estado Victor Ferreira do Amaral, numa referência à abundante espécie Araucaria angustifolia, o famoso pinheiro-do-paraná. Por esse motivo a cidade é conhecida como "Cidade-símbolo do Paraná". O primeiro administrador de Araucária, como intendente, foi o Sezino Pereira de Souza.
A primeira eleição municipal realizou-se no dia 22 de setembro de 1892, sendo o primeiro prefeito eleito Manoel Gonçalves Ferreira. Em 1911, foi criado o Termo Judiciário e em 1919, foi elevada à categoria de Comarca.
O distrito de Guajuvira foi criado em 1947, e o Município perde temporariamente sua categoria de comarca, ficando subordinado a São José dos Pinhais por quatro meses. Em 1949, Araucária recuperou definitivamente sua categoria de comarca. Na década de 1950, o município recebeu uma leva de imigrantes japoneses.
Economia
A exploração comercial da madeira iniciou-se na Freguesia do Iguassú a partir do século XIX, até a década de 1930, quando entra em crise pela devastação das reservas. Os moradores de Araucária ainda se dedicaram à exploração da erva-mate até a década de 1940, quando houve o declínio das exportações para a Argentina, que se tornou auto-suficiente. Este trabalho era uma atividade exclusivamente masculina.
O crescimento econômico da região proporcionou a abertura de mercado para outras atividades geradoras de emprego para a população como olarias, cerâmicas, moinhos, fábricas de palhões, de massa de tomate, de caixas de madeira, de linho, de fósforo, de balas, de bolachas e torrefação de café.
Em 1972, com a instalação da Refinaria Presidente Getúlio Vargas e em 1973 com a criação do CIAR (Centro Industrial de Araucária), ocorreu um crescimento bastante acentuado e uma inversão no quadro populacional, econômico e social do Município, em que a população urbana passou a superar a rural com a vinda de um contingente populacional de vários pontos do país e a economia que se baseava na agricultura e pecuária passou a ser predominantemente industrial/urbana. A partir da década de 1970, ocorreu uma acentuada industrialização da cidade, totalizando o segundo maior parque fabril do estado, apenas atrás da capital. Dentre as indústrias instaladas na cidade é possível destacar: Fosfértil, CSN Paraná, Siderúrgica Guaíra (Gerdau), Berneck, Cocelpa, Imcopa, Tri-Sure, Hübner Auto Linea e Novozymes.
População
A população atual é formada por descendentes dos primeiros habitantes da região (luso-brasileiros, índios e negros) e de imigrantes poloneses, italianos, ucranianos, sírios, libaneses, alemães, japoneses e por ainda por migrantes vindos de outras regiões do Paraná e do Brasil atraídos pela industrialização, a partir da década de 1970.
Devido ao grande número de imigrantes eslavos, sobretudo poloneses e ucranianosa cidade preserva algumas tradições destes povos, como festas típicas, missas em língua polaca e ucraniana ucraniana, através da escrita e da fala destas, pela música, que conta com diversas bandas como Coração Nativo, Celso Taborda, Bela Vista, Os Gaideski e Cia Polska Zabawa dentre outras da região, animando festas e bailes principalmente nas colônias de descendentes polacos.
Existem também o grupo folclórico chamado Wesoly Dom (Casa Feliz em polonês), que mantém viva a tradição através de danças folclóricas polonesas com participantes de diversas etnias, na linguagem universal da dança e da música. Na conhecida chácara dos Soczek, familia tradicional do município, localizada próxima ao centro da cidade, ocorrem anualmente as festas do Pierogi (pastel cozido polonês), da Vodka e da Cerveja (Piwofest), assim como as festas promovidas na colônias polonesas da cidade, atraíndo descendentes eslavos e diversas outras pessoas a conheçer um pouco mais da cultura polaca.
Localização e Acesso
Integrado à Região Metropolitana de Curitiba, no primeiro planalto paranaense, ocupa uma área de 460,85 km², situa-se a 857 m do nível do mar. Situada às margens do Rio Iguaçu, é cortada pela BR-476, a Rodovia do Xisto, via de interligação da Região Sudoeste do País. Está a 27 km do centro de Curitiba.
Com a implantação da REPAR (Refinaria Presidente Getúlio Vargas), da Petrobrás, na década de 1970, a cidade começou a sofrer influências do desenvolvimento industrial, servindo de sede a novas indústrias, com geração de empregos e o deslocamento de trabalhadores da área rural para a urbana.
Adapta-se ao processo de industrialização, mantendo suas características agrícolas, o que a torna um importante pólo agro-industrial.
Abriga, na divisa com os municípios de Curitiba e Campo Largo a represa do Rio Passaúna, que abastece de água a região da capital paranaense.
Divisão Territorial
Como Araucária é um município bastante extenso territorialmente, está dividido em bairros grandes e estes divididos em loteamentos. A área urbana representa cerca de um terço do território municipal.
Os bairros localizados na área urbana são: Centro, Iguaçú, Fazenda Velha, Costeira, Campina da Barra, Tindiqüera, Barigüi, Porto das Laranjeiras, Boqueirão, Sabiá, Capela Velha, Chapada, Vila Nova, Estação, Cachoeira, Passaúna, São Miguel (parcialmente rural) e Thomaz Coelho.
Na zona rural estão localizados: Bela Vista, Colônia Melado, Mato Dentro, Boa Vista, Espigão Alto, Onças, Botiatuva, Faxinal, Palmital, Campestre, Faxinal do Tanque, Ponzal Campinas das Palmeiras, Fazendinha, Rio Abaixinho, Campina das Pedras, Formigueiro, Rio Abaixo, Campina dos Martins, Fundo do Campo, Rio Verde Abaixo, Campo Redondo, Guajuvira de Cima, Rio Verde Acima, Campo Tomáz, Ipiranga, Roça Nova, Camundá, Lagoa Grande, Roça Velha, Capinzal, Lagoa Suja, São Sebastião, Capoeira Grande, Lavra, Taquarova, Colônia Cristina, Mato Branco, Tietê e Guajuvira (distrito com status de sub-prefeitura).
Turismo
Museu Tingüi-Cuera
Inaugurado em 1980, foi transferido em 1982 para o endereço atual, no antigo prédio que abrigava a indústria de massa de tomate e farinha de milho, que pertenceu a família Torres. É um museu com característica histórica e seu acervo reúne objetos de trabalho e do cotidiano dos antigos moradores do município. Conta com a sala Cézar Trauczynski para exposições temporárias, reserva técnica, auditório Júlio Grabowski e o Arquivo Histórico Municipal Archelau de Almeida Torres.
Roteiro de Turismo Rural
É possível fazer passeios orientados por propriedades rurais familiares, onde são oferecidos diversos produtos à venda, tais como doces e licores, frutas, flores e artesanato, além de café colonial típico polonês.
Parque Cachoeira
Abriga o Museu Tingüi-Cuera, museu este de característica regionalista. Aberta a visitação também está a Aldeia da Solidariedade, onde estão casas de troncos falquejados, encaixados, feitas de troncos de pinheiros, construídas pelos primeiros imigrantes poloneses lembrando a arquitetura da terra natal. Há também uma capela, chiqueiro, paiol e picador de palha, mobiliados com móveis da época da imigração, bem como um centro poliesportivo e uma grande área verde e de fundo de vale, bem próximo ao Centro da cidade. O Parque Cachoeira também é famoso pelas festas realizadas em suas dependências, sendo a mais popular e conheçida na região a Festa do Pêssego,que atraiu em 2007 mais de 50 mil pessoas, realizada no mês de Dezembro.
Fontes: Sites da Prefeitura de Araucária e Wikipedia.